O TREINO EM CASA
POR NUNO COUTO
Devido à situação atual, temos assistindo a uma enorme divulgação de várias formas e meios de atividade física que nos ajudam a minimizar os constrangimentos atuais para a sua prática, promovendo alternativas para nos mantermos ativos nesta nossa “epopeia” contra o covid-19.
Apesar da positividade associada a este processo, assiste-se a muitas alternativas de execução, o que realça a importância de estarmos atentos a algumas situações que possam colocar as pessoas em risco o que, infelizmente, vê-se com alguma frequência. Por isso, alguém que no conforto das suas casas, quando atraído por algum vídeo partilhado nas redes sociais ou Youtube a desafiar para um treino, é importante que perceba de que forma aquele treino está adaptado à sua realidade e, acima de tudo, se é seguro. Desta forma, o “instrutor”, antes de iniciar o treino, deverá indicar as caraterísticas da tarefa que se avizinha, através da comunicação da intensidade de treino, duração do treino, tipo de treino e, também, das questões de segurança para a sua realização.
Desta forma, os professores, neste contexto, para além do referido anteriormente, devem fornecer indicações constantes sobre as formas de execução, potenciando a consciência do praticante do que está a acontecer. Não esquecer que não existe acesso ao que o “aluno” está a fazer. Numa aula presencial, a tarefa de chegar a todos de forma a que se promova a execução ideal é árdua, imagine-se o que pode acontecer quando se está “eletronicamente” distante. Pode-se ter do outro lado pessoas que tratam o burpee por tu, por exemplo, mas também, outras que nunca o “viram”, sendo indispensável garantir que se diz tudo, mas mesmo tudo, para que haja segurança do outro lado, e a experiência de treino seja a melhor possível.
E as opções/alternativas de execução, sim, essas que muitas vezes têm ficado de lado. É fundamental, nestas circunstâncias, garantir uma instrução para o “expert” que vai todos os dias ao ginásio, ou para aquele que nos últimos anos só tem praticado “sofá” e, para este, estar a ver alguém do outro lado, pode ser insuficiente. Só assim se pode potenciar a autonomia e competência naquele momento de treino, tornando esta experiência mais segura e o mais agradável possível.
Assim, perante a situação atual, deve-se aproveitar esta onda que leva enumeras oportunidades para as pessoas se exercitarem em suas casas, para que de forma eficiente, se possa promover uma atividade física de qualidade, segura, ajudando que a população se mantenham ativa enquanto se luta contra a pandemia atual.
Autor:
NUNO COUTO
PROMOFITNESS- Doutorado em Ciências do Desporto Universidade da Beira Interior;
- Docente na Escola Superior de Desporto de Rio Maior;
- Técnico de Exercício Físico.